Fundos de Investimento perdem de lavada da inflação

14/10/2021
imagem mostra as mãos de um homem abrindo uma carteira vazia sobre um teclado de computador

Segundo um levantamento do jornal Valor Econômico, só 15% das carteiras de Fundos de Investimentos conseguiram ganhos suficientes para superar a inflação acumulada no ano.

A rentabilidade média de todos os fundos acompanhados foi de 1,25% no ano, enquanto a inflação entre janeiro e setembro de 2021 foi de 6,9%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Em termos nominais, o melhor desempenho, em média, foi dos fundos da categoria Ações no Exterior, que tiveram rentabilidade de 12,24%. Em seguida vieram os fundos de Investimento no Exterior, com ganho médio de 7,6%.

O desempenho positivo dessas duas categorias é explicado pela alta de 15,92% do índice S&P 500, que mede o comportamento das 500 maiores ações negociadas nos Estados Unidos. Também contribuiu positivamente a valorização de 4,67% do dólar frente ao real.

A maior parte dos fundos de Ações no Exterior está disponível para a aplicação de qualquer investidor e tem por objetivo a aplicação em recibos de ações de empresas estrangeiras negociados na B3. São os chamados BDRs. De forma geral, a composição da carteira tende a acompanhar os indicadores do mercado americano, entretanto, existem opções setoriais, cuja rentabilidade pode destoar significativamente dos índices mais tradicionais.

Já os fundos de Investimento no Exterior são geralmente destinados a investidores qualificados e aplicam em ativos internacionais. Boa parte compra cotas de Fundos de Investimentos domiciliados em outros países, normalmente na Irlanda ou em Luxemburgo, mas existem outras estruturas em que os ativos podem estar domiciliados em um paraíso fiscal. Também existem modalidades em que o gestor aqui no Brasil tem a liberdade para decidir quais aplicações serão feitas. Essa maior variedade de estratégias é uma das razões para a grande dispersão da rentabilidade dos fundos dessa categoria.

Na Renda Fixa, o destaque positivo ficou com os Fundos de Debêntures Incentivadas e Crédito Privado. A rentabilidade média dos fundos de Debêntures Incentivadas foi de 4,26% e esse rendimento é isento de Imposto de Renda. Os fundos de Crédito Privado com até 15 dias para resgate renderam 3,23%, em média, e os da categoria Crédito Privado, com resgate a partir de 16 dias, renderam 4,68%, em média.

Os fundos de Renda Fixa DI renderam, em média, 2,06% mais que os Prefixado Renda Fixa Ativo e os Fundos Juro Real, que registraram perdas.

Entre os fundos com Renda Variável, os da categoria Long Short renderam 2,46%, em média, e os Multimercado tiveram ganho de 1,59%. Já os Long Biased tiveram prejuízo e os Fundos de Ações também, mas a faixa de variedade de desempenho é bastante ampla, entre -14% e +5,6%.

Já os fundos de Alocação Multimercado e Alocação Ações tiveram desempenho menor do que a média dos Multimercado e Ações, mas com dispersão menor.

CLIQUE AQUI e confira a reportagem completa e original do site Valor Investe.

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Foto: Igor Kell / Getty Images

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