Como lidar com a fatura do cartão de crédito que lhe tira o sono

30/09/2022
imagem mostra quatro cartões de crédito espalhados sobre uma superfície de madeira

Conhecido vilão na vida financeira dos brasileiros, o cartão de crédito é responsável pela maior parcela de endividamento atual. O instrumento de pagamento facilita o dia a dia de compras e gastos, mas também mascara a falta de recursos imediatos, deixando a conta "para outro dia", que se soma a outros pagamentos e, assim, as dívidas vão se acumulando.

De acordo com dados da fintech de crédito FinanZero, nos últimos três meses, um em cada três pedidos de empréstimos feitos na plataforma foi para o pagamento de dívidas.

Para o presidente da FinanZero, Olle Widén, a educação financeira é fundamental porque dentro das possibilidades e estilo de vida de cada um, permite maior controle de gastos e otimização do tempo.

Uma das orientações é determinar o dia do pagamento da fatura do cartão de crédito para alguns dias após o recebimento do salário ou antecipar o pagamento da fatura, conforme a disponibilidade.

Widén alerta que deixar de pagar a fatura traz consequências muito negativas, que variam de acordo com a instituição financeira e o tempo de atraso no pagamento. "O cartão e/ou o limite de crédito podem ser bloqueados, além da cobrança de juros, multas e até encargos", reforça. "As taxas do cartão estão entre as mais altas do mercado".

Estratégias para sair do vermelho
O presidente da FinanZero sugere algumas dicas para contornar a situação de endividamento:
- Planejamento: organização, força de vontade e comprometimento são características fundamentais para sair do vermelho. Estar ciente da atual situação é o mais indicado, além de contabilizar todas as dívidas e incluir os juros dos credores. Assim é possível calcular e estimar um prazo para pagar os valores em aberto;
- Não acumule novas dívidas: faça o possível para evitar novos gastos, tenha em mente que os pagamentos devem ser feitos à vista, na medida do possível;
- Reduza o número de cartões: evite manter vários cartões ativos para não perder o controle das finanças;
- Limite: reduza o limite do cartão de crédito para controlar melhor os seus gastos;
- Aprenda sobre investimentos: pesquisar sobre educação financeira e o mercado são passos essenciais para expandir as possibilidades de rendimento e oportunidades. Pesquise formas seguras de rendimentos e separe uma quantia mensal para esse objetivo;
- Planeje sua reserva financeira: incidentes e imprevistos acontecem o tempo todo, por isso, economize para ter uma reserva financeira para um momento de dificuldade;
- Controle emocional: gastos por impulsividade são grande parte do problema financeiro. Na hora da compra, pergunte-se: "eu preciso disso?". Se sim, pode pagar à vista? Ou pode esperar para quando puder?
- Quite suas dívidas o mais rápido possível: negocie com a operadora do cartão, quanto mais tempo permanecer em aberto, maiores serão os juros acumulados. A restituição do Imposto de Renda ou o 13º salário podem ajudar nessa missão, contudo, caso esses recursos já estejam comprometidos, uma alternativa é contratar um empréstimo, nesse caso, verifique com cautela a melhor opção do mercado em termos de juros e simule as taxas, prazos e parcelas.

"Pesquisar boas opções de empréstimos, com boas taxas de juros pode ser uma solução pra quem deseja quitar as dívidas. O importante, sempre, é não prejudicar, ainda mais, as finanças pessoais", completa Widén.

CLIQUE AQUI e acesse a reportagem completa e original do site Valor Investe.

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Foto: rattanakun / Canva Pro

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