8 erros que as pessoas cometem no planejamento financeiro do Ano Novo

13/01/2023
imagem mostra uma parte de um notebook, uma caneta, uma calculadora e uma xícara de café sobre alguns papéis, aparentemente cheios de gráficos

A cada Ano Novo, mesmo que a gente não tenha a intenção, a sensação é de que a vida dá um "reset". Parece que tudo vira uma página em branco, com a oportundiade de começar de novo, de consertar os erros e fazer diferente. Uma nova chance está bem na nossa frente, mas atingir metas, principalmente as financeiras, requer esforço e um planejamento cuidadoso.

Para ajudar nessa tarefa, o site Valor Investe ouviu planejadores financeiros e especialistas em investimentos para detectar quais os erros mais comuns que você deve evitar para, finalmente, conquistar suas metas em 2023. Confira:

1. Não ter uma lista anotada
"Ah, mas eu tenho tudo aqui na minha mente", diz você, que ao fim de cada ano não sabe o que deu errado e por qual motivo não juntou dinheiro. Para Daiane Mohr, planejadora financeira e especialista em investimentos, não ter uma lista de objetivos e despesas no papel é um erro muito recorrente.

"É muito difícil tomar uma decisão quando não se tem fatos e dados, então, o primeiro erro é não ter uma lista do que você quer. É preciso elencar tudo por prioridades e a lista lhe permite uma visão global do seu planejamento", diz.

2. Esquecer os compromissos de janeiro e gastos pontuais como IPTU, IPVA e matrícula escolar
Janeiro é mês de gastos não-recorrentes necessários. E pior: ele vem logo depois de dezembro, que é o mês das tentações e gastos em excesso. Muita gente já chega com dívidas e esquece de deixar reservado um dinheiro para essa época, que demanda mais que o orçamento.

Planeje-se para janeiro e comece o ano com tudo! Uma dica que vale para quem tem 13º salário é sempre reservar ao menos uma parte da quantia para os gastos de início do ano. Aqueles que recebem bônus também podem guardar essa parte da renda para desafogar os compromissos.

3. Não considerar no planejamento os gastos com lazer e férias
De acordo com a assessora de investimentos Luciana Ikedo, gastos com lazer costumam ser subestimados ou desconsiderados no momento do planejamento. Entretanto, ao longo do ano, eles acontecem de forma recorrente e impactam significativamente o que foi planejado.

"Se a pessoa pretende fazer alguma viagem ou ter momentos de lazer especiais durante o ano é de suma importância incluir isso na organização familiar, deixando até mais fácil de alcançar a realização da meta", afirma.

4. Não abater dívidas
Para Mohr, um erro comum é quando o trabalhador recebe 13º, férias ou bonificação e simplemente ignora as dívidas. "Pegar esse recurso e destinar para quitar ou suavizar as dívidas melhora o fluxo de caixa para o resto do ano", diz. Segundo ela, o fim de ano é cheio de tentações de gastos e as dívidas - que já estão embutidas nas parcelas mensais - acabam ficando de lado.

Só que quando você não quita as dívidas, seu planejamento já começa mal porque os juros pagos em dívidas crescem mais rápido do que o dos investimentos.

5. Só guardar as sobras
O planejador financeiro Raphael Palone destaca que um dos principais erros das pessoas é pensar primeiro nos gastos e depois nos investimentos. Para ele, a lógica deveria ser invertida. "A pessoa pega o que sobra para investir, mas deveria pensar no quanto está guardando e gastar o que sobrar", afirma.

Um truque que a assessora Luciana Ikedo ensina para seus clientes é programar um investimento automático. Assim, a quantia a ser investida já sai rapidamente da conta e passa a ser considerada como indisponível.

6. Desconsiderar as mudanças
Palone também afirma que fazer um planejamento anual requer revisar a carteira de investimentos, se necessário. Segundo ele, dentro desse horizonte de um ano, muitas coisas podem mudar, não só na vida pessoal do investidor, mas também no ciclo econômico, por isso, é sempre importante considerar as mudanças, diversificar a carteira e mexer nos pesos de cada aplicação conforme o ciclo econômico evoluir.

7. Ignorar a criação ou adequação da reserva de emergência
Segundo Ikedo, as pessoas se esquecem com frequência do quão importante é a reserva de emergência. Não adianta planejar férias, se você está vulnerável à situações inesperadas, isso pode atrapalhar todo o planejamento do ano.

"Aqueles problemas que nos pegam de surpresa, quando menos esperamos, como o cano da pia que estoura, o pneu que fura ou ainda uma questão de saúde, podem fazer com que seja necessário se endividar para conseguir honrar os demais compromissos ou deixar de investir aquilo que foi planejado", explica.

8. Não envolver a família no planejamento
Vamos àquela frase, atribuída ao casal Yoko Ono e John Lennon e citada por Raul Seixas: "Um sonho que se sonha sozinho é só um sonho. Um sonho que se sonha junto é realidade". Assim deveriam ser os objetivos financeiros de uma família, segundo Ikedo.

Vale a pena sentar e conversar com o parceiro ou os filhos (ou pais) sobre as metas do novo ano. Isso faz com que todos estejam na mesma sintonia e lutem por uma meta em comum.

CLIQUE AQUI e confira a matéria completa e original do site Valor Investe.

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Foto: Getty Images para o Canva Pro

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