Será que vale a pena? Comprar ou não comprar, eis a questão!

19/02/2020

Uma casa na praia, pé na areia, que tal? Um sonho de muitos! Pra passar momentos de lazer e descanso com a família, contemplar a natureza... Mas será que essa é mesmo uma boa ideia? Que outras alternativas existem e o que avaliar antes de assinar essa compra?

Vamos começar deixando claro que o problema não é a casa na praia ou qualquer outro desejo que você tenha, mas a forma como projetamos o futuro. A lente da nossa imaginação foca apenas no primeiro plano do objeto de desejo (você lá, observando o nascer do sol, vendo o mar do quintal de casa)... Enquanto isso, todo o restante fica em segundo plano, mais distante do racional, e a gente esquece de pensar nos aspectos práticos da coisa.

É interessante, então, pensar no seu desejo de outra forma: se questionando! No caso, por exemplo, haveria tempo pra cuidar daquela casa? Quanto seria gasto com manutenção? E o tempo perdido no trânsito, que certamente desestimularia ir todo fim de semana? Será que um hotelzinho de vez em quando não seria suficiente? Veja que ao mudar a lente, a gente passa a avaliar o cenário de um jeito muito mais prático.

Antes de realizar uma compra - qualquer uma, mais importante ou menos importante - faça um exercício bem simples, mas poderoso: pense na próxima semana. Tire um tempo pra refletir o que você vai fazer na próxima semana, em cada dia dela, e como essa compra vai afetar os seus dias.

Esse exercício simples – de pensar no uso do seu tempo – ajuda a fazer previsões mais conscientes do quanto um item influencia na nossa felicidade e a tomar decisões mais "sangue frio". Porque quando a gente compra algo, a gente acredita que aquilo está ligado à nossa felicidade: pode ser um carro novo, um celular, um smartwatch que está na moda, quem não quer tirar uma onda? Só que conforme o tempo passa, aquilo que era novidade vira o nosso normal e ninguém consegue ter satisfação com algo que faz parte do dia a dia. E o que antes era objeto de desejo, virou rotina, simples rotina.

Mas, então quer dizer que dinheiro não traz felicidade? Não exatamente. Observe agora algumas sugestões práticas de como obter mais felicidade em cada centavo que você gastar:
Número 1 - Compre experiências. Isso mesmo. Uma viagem de férias, por exemplo, continua especial por muito tempo depois que você voltou pra casa. Aliás, dificilmente você vai esquecer dela em todos os sentidos, seja no que viveu, no que comeu, nas dificuldades que sentiu, no que aprendeu...

Número 2 - Não banalize, crie ocasiões especiais. Por exemplo, quando você toma um cappuccino diariamente, isso deixa de ser uma coisa especial e vira rotina. Mas quando você transforma em uma ocasião, convida as amigas, vai numa cafeteria bacana, pode acreditar, além de economizar com o "diário", esse momento vai se tornar muito mais saboroso.

3 - Compre tempo: isso mesmo, o dia tem 24 horas, mas se você usa o seu dinheiro para fazê-lo render mais (como lavanderia, serviços domésticos, leva e traz), o seu nível de felicidade aumenta bastante.

4 - Pague agora, use depois. Oi? Inverta a lógica do cartão de crédito e passe a pagar primeiro para desfrutar depois, você vai sentir muito mais prazer. Duvida? Tem coisa mais legal que hotel all inclusive? A conta já está paga, tudo o que você come ou bebe parece que é de graça, é bom demais. Pois é, qualquer experiência se torna mais prazerosa quando você não precisa pagar por ela depois.

E, por último, invista em você: invista no seu bem-estar, invista na sua saúde física e emocional, amplie o seu conhecimento, invista em coisas que ninguém te tira. Ah, mas então eu tenho que parar de gastar com roupas, com acessórios, com eletrônicos? Não é isso! A ideia aqui é olhar essas compras com espírito mais crítico porque dificilmente elas trazem felicidade na proporção que a gente imagina.

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Foto: Depositphotos

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