Entenda a importância de investir no longo prazo

19/03/2020

Duvide de qualquer fórmula milagrosa de riqueza em dias ou meses, de tudo aquilo que vem de mão beijada ou de qualquer negócio que faça você largar tudo por um sonho. Se é muito rápido, muito fácil ou muito drástico, duvide, sobretudo quando falamos de dinheiro. A importância de pensar a longo prazo reflete nas decisões da vida e, claro, nos investimentos também.

Nesse sentido existe um quarteto de palavras que podem (e muito!) fazer a diferença. São elas: tempo, paciência, disciplina e resiliência. Seja para ser investidor, seja para ser um operador do mercado financeiro ou não, todas essas palavras estão super de acordo quando a ideia é longo prazo.

O valor do longo prazo
Quando pensamos em longo prazo, não estamos apenas olhando com perspectivas para o futuro. Longo prazo é priorizar o que você tem hoje para, aos poucos, conquistar algo muito maior lá na frente.

Há diversas situações em nossas vidas onde nos deparamos com o longo prazo, por exemplo, quando investimos em nossa educação hoje estamos, sem dúvida, olhando para o longo prazo. Quando decidimos casar, ter filhos, fazer aquele intercâmbio, escolher determinado trabalho, tudo isso combina com a ideia do longo prazo. E todas essas situações têm em comum uma palavrinha mágica: valor. Dar valor a algo é acreditar, dar significado e gerar resultados positivos. Ou seja, a longo prazo, a tendência é que a vida melhore porque nos tornamos mais experientes e tiramos dos erros grandes resultados. No curto prazo, o erro é apenas um erro.

Mas o que isso tem a ver com os investimentos? Por exemplo, um investidor que opera no que o mercado chama de Day Trade (quando se compra e vende ativos no mesmo dia), não vai conseguir reparar seus prejuízos no mesmo dia. Nesse período extremamente curto ou você ganha ou você perde. Não há outra alternativa.

Agora pense no longo prazo. Quando a gente fala em ações, estamos falando em resultados de empresas e em retornos para os acionistas, só que a maioria dos projetos são pensados num horizonte maior até para diminuir perdas e riscos pelo caminho.

E como o brasileiro lida com o longo prazo?
De acordo com a última pesquisa Raio-X do Investidor Brasileiro, feita pela Anbima, os brasileiros preferem produtos com liquidez diária e fáceis de resgatar. Isso acontece, segundo o órgão, por causa das graves crises econômicas, da hiperinflação que o país sofreu em sua história econômica e dos juros altos, que hoje já não são mais a realidade do país.

E o que é mais contraditório fica em evidência na pesquisa. Mesmo privilegiando a liquidez diária, os brasileiros ficam, em média, 11 anos com uma aplicação na caderneta de poupança. Sim, todo esse tempo na aplicação menos recomendada entre todas por causa da baixíssima rentabilidade - que chega a ser negativa quando descontada a inflação.

Na contramão dessa realidade, opções que costumam ser ótimas a longo prazo não são tão consideradas quanto a poupança. Por exemplo, em ações, os brasileiros costumam manter o investimento por 6 anos, em Previdência, 7 anos, e em títulos públicos, apenas 3 anos. Conclusão? Por uma série de fatores que passam pela desinformação, medos passados e uma forte cultura bancária, os brasileiros, em geral, preferem abrir mão de uma boa rentabilidade a longo prazo para ter a garantia do dinheiro fácil na mão.

O fator longo prazo, de fato, é algo que influencia desde os investimentos mais básicos aos mais complexos. E isso tem muito a ver com os juros compostos, você já ouviu falar? CLIQUE AQUI e entenda mais sobre juros compostos e o milagre da multiplicação.

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Foto: Depositphotos

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